Saudi Aramco amplia presença na América do Sul e mercado especula possível interesse na Vibra Energia

Movimentação da petroleira saudita no setor de distribuição de combustíveis levanta hipóteses sobre futura atuação no Brasil.

A Saudi Aramco, maior empresa petrolífera do mundo, tem ampliado sua presença no mercado de distribuição de combustíveis na América do Sul. Recentemente, a gigante saudita anunciou a aquisição da Primax, uma das maiores distribuidoras da região, em um negócio avaliado em aproximadamente US$ 3,5 bilhões. Com a operação, a Aramco passa a controlar uma rede de mais de 2.100 postos no Peru, Colômbia e Equador.

O movimento estratégico da companhia levantou especulações no mercado sobre uma possível entrada no setor de distribuição de combustíveis do Brasil. Analistas apontam que a Vibra Energia, uma das principais empresas do setor no país, poderia ser um alvo natural para futuras investidas da Aramco.

Vibra Energia e o interesse do mercado

Antiga BR Distribuidora, a Vibra Energia detém uma participação significativa no mercado nacional de combustíveis, com uma extensa rede de postos e operações diversificadas no setor de energia. Em 2024, a empresa antecipou a aquisição dos 50% restantes da Comerc Energia, consolidando-se como a maior plataforma multienergia do Brasil.

Atualmente, a Vibra tem um valor de mercado estimado em cerca de R$ 20 bilhões, patamar semelhante ao montante investido pela Aramco na recente aquisição da Primax. A possível entrada da gigante saudita no Brasil poderia representar uma nova dinâmica no setor de distribuição de combustíveis, aumentando a competitividade e trazendo mudanças para o mercado local.

Desafios para uma eventual negociação

Apesar das especulações, não há informações concretas sobre tratativas entre Aramco e Vibra. Caso a companhia saudita decida investir no Brasil, fatores como a estrutura acionária da Vibra e cláusulas específicas, como a “poison pill” – que obriga uma oferta por 100% do capital em determinadas condições – podem influenciar qualquer negociação.

Especialistas avaliam que a entrada da Aramco no setor de distribuição no Brasil poderia intensificar a concorrência com players já estabelecidos, como Raízen e Ipiranga, além de reforçar a internacionalização da petroleira saudita.

O mercado segue atento às movimentações da Saudi Aramco e às possíveis implicações para o setor energético brasileiro. Até o momento, a empresa não se manifestou sobre planos concretos de expansão no país.

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