Ministério das Relações Exteriores alerta para riscos de permanência no país e orienta cidadãos a buscarem segurança em nações vizinhas

O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, emitiu uma recomendação oficial para que os brasileiros deixem a Síria imediatamente. O alerta foi feito após o aumento da violência no país do Oriente Médio e denúncias de assassinatos étnicos em meio ao agravamento dos conflitos internos.

A orientação do Itamaraty ocorre em um momento de crescente instabilidade, com relatos de confrontos intensificados entre o novo governo interino e forças leais ao ex-presidente Bashar al-Assad. De acordo com entidades internacionais de monitoramento de direitos humanos, mais de 1.300 pessoas perderam a vida nos últimos dias, incluindo centenas de civis.

Riscos e recomendações

O Itamaraty aconselha os cidadãos brasileiros que ainda se encontram na Síria a saírem do país o quanto antes, utilizando as rotas terrestres disponíveis para nações vizinhas. O órgão também sugere que os viajantes evitem áreas de conflito e busquem contato imediato com a Embaixada do Brasil em Damasco para receber orientações específicas sobre os procedimentos de saída.

Atualmente, a Síria enfrenta um agravamento da crise humanitária, com ataques sendo registrados em cidades estratégicas, como Latakia e Tartus. Além da violência armada, a população também sofre com a escassez de alimentos, falta de acesso a serviços médicos e interrupção no fornecimento de energia.

O governo brasileiro informou que está monitorando a situação e busca apoio de organismos internacionais para garantir a proteção dos cidadãos nacionais que ainda se encontram na região. O Itamaraty ressaltou que o Brasil não possui meios próprios de evacuação no momento e, por isso, os cidadãos devem buscar alternativas comerciais ou vias terrestres para deixar o país.

Cenário geopolítico e impacto internacional

A escalada da violência na Síria tem sido alvo de preocupação global. Diversos países ocidentais já manifestaram repúdio aos ataques contra civis e pressionam por uma resposta da comunidade internacional. Os Estados Unidos e a União Europeia condenaram os recentes episódios de violência e estudam a imposição de novas sanções contra grupos armados envolvidos nos conflitos.

Já nações como Turquia e Arábia Saudita demonstraram apoio ao governo interino sírio, enquanto o Irã alertou sobre a possibilidade de desestabilização regional caso a situação se agrave. A ONU tem reforçado os pedidos de cessar-fogo e negociações diplomáticas para conter a crise, mas as perspectivas de uma solução pacífica permanecem incertas.

Assistência a brasileiros na região

O Ministério das Relações Exteriores reforçou que os cidadãos brasileiros que necessitam de assistência consular devem procurar a embaixada em Damasco ou entrar em contato com os canais oficiais do Itamaraty. A pasta mantém um serviço de emergência para atender casos urgentes e fornecer informações sobre procedimentos de saída da Síria.

Para aqueles que já deixaram o país, o governo brasileiro recomenda que informem às autoridades sobre sua localização e eventuais dificuldades enfrentadas no deslocamento. O Itamaraty também orienta familiares no Brasil a manterem contato com parentes que estejam na região e a reportarem situações de risco às autoridades competentes.

Com a intensificação do conflito e a falta de previsibilidade sobre os desdobramentos da crise síria, o governo brasileiro reforça o pedido para que os cidadãos nacionais priorizem sua segurança e busquem alternativas para deixar o território o mais rápido possível.