Operação ordenada por Trump atinge alvos estratégicos de grupo apoiado pelo Irã e gera preocupações geopolíticas e econômicas
Os Estados Unidos lançaram uma ofensiva militar contra os Houthis no Iêmen neste sábado (15), em resposta aos ataques do grupo rebelde a embarcações no Mar Vermelho. A ação, ordenada pelo presidente Donald Trump, teve como alvos bases militares, sistemas de defesa aérea e arsenais de mísseis e drones dos insurgentes.
O ataque representa uma escalada significativa na já tensa situação no Oriente Médio, com possíveis impactos para o comércio global e os mercados financeiros. “Os Estados Unidos não tolerarão ameaças à liberdade de navegação e responderão com força esmagadora contra qualquer grupo que comprometa a segurança marítima”, afirmou Trump em comunicado oficial.
Efeitos imediatos e impactos no mercado
Relatórios iniciais indicam que os bombardeios atingiram pontos estratégicos em Sanaa, capital do Iêmen, resultando em vítimas civis. Imagens locais mostraram colunas de fumaça na cidade após os ataques, aumentando as preocupações com uma nova onda de instabilidade na região.
O mercado financeiro reagiu rapidamente à ofensiva. O petróleo Brent subiu 3,2% nas primeiras horas de negociação desta segunda-feira, atingindo US$ 86 por barril, impulsionado pelo temor de novas perturbações nas rotas comerciais do Oriente Médio. O ouro, ativo de refúgio em momentos de incerteza, também registrou alta de 1,8%, atingindo US$ 2.125 a onça-troy.
Reação internacional e posicionamento do Irã
A decisão de Trump gerou reações mistas na comunidade internacional. O Reino Unido e a União Europeia manifestaram apoio à operação, destacando a importância de garantir a segurança do tráfego marítimo no Mar Vermelho. Já a China e a Rússia condenaram a ação, pedindo cautela e uma solução diplomática para a crise.
O Irã, aliado dos Houthis, criticou duramente os ataques e afirmou que os Estados Unidos “serão responsáveis pelas consequências”. Segundo o governo iraniano, a ação militar pode aprofundar o conflito regional e comprometer os esforços de paz no Iêmen.
Perspectivas para o futuro
Analistas alertam que o episódio pode desencadear novas retaliações dos Houthis e até mesmo ampliar o envolvimento de outras potências regionais no conflito. “A situação pode rapidamente se transformar em um impasse prolongado, com impactos econômicos consideráveis e risco de um conflito mais amplo”, afirma John Peterson, especialista em geopolítica do Middle East Institute.
Com a intensificação das hostilidades, investidores e governos acompanham de perto os desdobramentos, atentos aos reflexos sobre o comércio global, a estabilidade do Oriente Médio e os mercados financeiros.