Ações da Tesla caem mais de 15% e caminham para pior desempenho desde 2020

Tesla factory with parked cars during sunset, showcasing modern automotive industry vibes.

Queda reflete desafios da montadora de veículos elétricos, revisão de projeções e incertezas sobre liderança de Elon Musk

As ações da Tesla (TSLA) despencaram 15,4% nesta segunda-feira (10), registrando a pior queda desde setembro de 2020. Os papéis da companhia encerraram o pregão cotados a US$ 222,15, acumulando perdas significativas no ano e refletindo um cenário de crescente incerteza para a montadora de veículos elétricos.

Desde o pico atingido em dezembro de 2024, quando a empresa era avaliada em US$ 1,5 trilhão, a Tesla perdeu mais de 50% de seu valor de mercado, sendo agora estimada em US$ 696 bilhões. O desempenho negativo acende um alerta entre investidores, que observam uma combinação de fatores impactando o futuro da companhia.

Fatores que pressionam as ações da Tesla

Entre os principais elementos que levaram à queda das ações, analistas apontam:

  • Desempenho abaixo do esperado nas vendas globais: O banco UBS revisou para baixo as projeções de entregas da Tesla no primeiro trimestre de 2025, de 437 mil para 367 mil veículos, representando uma queda anual de 5%. O desempenho fraco nos mercados chinês e europeu tem sido um dos principais desafios.
  • Incertezas sobre a liderança de Elon Musk: A proximidade do CEO com o ex-presidente Donald Trump e sua atuação em frentes políticas geram receios entre investidores sobre o impacto dessas movimentações na estratégia da Tesla. Além disso, as recentes decisões do bilionário, incluindo cortes em áreas-chave da empresa, preocupam analistas do setor.
  • Concorrência crescente no setor de veículos elétricos: Montadoras como BYD, da China, e empresas tradicionais como Ford e GM seguem avançando no mercado de eletrificação, aumentando a competição e pressionando a Tesla a manter sua vantagem tecnológica e de inovação.

Impacto no mercado e perspectivas futuras

A queda das ações da Tesla ocorre em um momento de forte aversão ao risco no mercado financeiro. O índice Nasdaq, que reúne grandes empresas de tecnologia, recuou 4% no pregão, enquanto o S&P 500 caiu 2,7%. Investidores seguem atentos aos sinais de desaquecimento econômico e possíveis impactos nas gigantes do setor.

A Tesla, por sua vez, enfrenta desafios para retomar a confiança do mercado. A companhia deve divulgar seu relatório financeiro trimestral nas próximas semanas, o que poderá oferecer uma visão mais clara sobre o impacto das recentes turbulências. Para analistas, a chave para a recuperação passa por ajustes estratégicos, investimentos em novos modelos e uma comunicação mais transparente sobre os rumos da empresa.

Enquanto isso, a volatilidade nos papéis da Tesla deve continuar, com investidores monitorando os próximos passos de Elon Musk e os desdobramentos no setor de veículos elétricos.

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